UNIVERSIDAD NACIONAL DEL NORDESTE - FACULTAD DE HUMANIDADES

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Regiao do BrasilA vida nasce nas terras baixas

Como descrever os encantos do Pantanal mato-grossense? Nele, as águas derramam um espetáculo de beleza indescritível, banhadas por um sol de matizes deslumbrantes. Paraíso de flores, aves e animais, é uma região irretocável para quem busca aventuras, no mínimo, inesquecíveis.

 O SANTUÁRIO PARADISÍACO.

São vários os portões de entrada para a descomunal floresta úmida brasileira. Uma das melhores alternativas é um santuário ecológico inigualável: o Pantanal mato-grossense, localizado nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, e que faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Um “país” belíssimo, com 230.000km2, quase do tamanho da Grã- Bretanha. Reino de milhões de espécies de árvores, plantas, aves, felinos, ofideos, répteis e insetos.

 

 

PREPARE O SEU CORAÇÃO.

Antes de seguir para o Pantanal, dedique alguns minutos de seu tempo a examinar o mapa do Brasil. A sudoeste, observe uma area vagamente assemelhada a um retângulo, onde, próximo à Bolívia, encontra-se o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense. Com facilidade, você constatará que o Pantanal é a opção ideal para quem deseja o contato íntimo com a natureza e o isolamento da agitação das cidades modernas. Escolha, então, por onde deseja chegar. E, de corpo e alma, entregue-se à aventura em uma região que, há 400 milhões de anos, teria sido um mar interior, separado do oceano por cadeias de montanhas.

ENTRADAS.

Vários caminhos levam ao Pantanal. Aéreos e rodoviários. De Brasilia, siga pela BR-060 até onde a rodovia se transforma em BR-364, com destino a Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso. Ë uma viagem de 1.133km em estrada pavimentada, passando, no limite do Estado de Goiás, sobre o rio Araguaia. A 102km de Cuiabá, na cidade de Poconé, tem início a Estrada Transpantaneira, que conduz o viajante a Porto Jofre. A partir de São Paulo, chegue a Três Lagoas, no Estado do Mato Grosso do Sul, pela rodovia SP-500. São 1.156km até Aquidauana, onde nasce uma estrada de terra com destino a duas cidades pantaneiras: Barra Mansa e Tupanciretá. De Aquidauana, por estrada totalmente asfaltada (BR-262), passando pela cidade de Miranda, um pesqueiro riquíssimo, percorre-se também o Pantanal. O ponto final do trajeto é em Corumbá, porto fluvial às margens do rio Negro, a 8km da cidade boliviana de Puerto Suárez.

PORTA BOLIVIANA.

Dotada de um aeroporto de proporções médias, Corumbá é um acesso natural ao Pantanal mato-grossense para os viajantes que demandam a região a partir da Bolívia. Para quem prefere roteiros rodoviários, existe uma estrada de terra, que liga a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra à fronteira com o Brasil, em Puerto Suárez.                              

UMA FARTURA DE PEIXES.

Poucas regiões do mundo oferecem tamanha quantidade de peixes como o Pantanal. São cerca de 240 espécies. E um exagero de piranhas, pacus, dourados, jaús e pintados. Mas, atenção: a pesca só é permitida entre os meses de fevereiro e outubro. Para praticá-la, apenas com o uso de vara, é obrigatório tirar licença. E não se esqueça: cada pescador tem direito a fisgar no máximo 30kg de peixe.

CAÇA.

É proibido caçar no Pantanal. Limite-se a observar uma população animal estimada em cerca de 600 mil capivaras, 35 mil veados-campeiros e 35 mil cervos do pantanal, que convivem com 10 milhões de jacarés, 80 espécies de mamíferos e 50 espécies de répteis, entre eles sucuris de até 8m de comprimento. Exagere nas fotografias.

PENAS E PLUMAS.

Acorde com o canto de milhares de pássaros que são despertados por um sol inenarrável. Embarque para um passeio em mansas águas para contemplar cerca de 650 espécies de aves, entre as quais destacam-se garças, biguás, quero-queros, emas, gaviões, beija-flores e o imenso tuiuiú, o símbolo do Pantanal. Um dos mais preciosos redutos da vida animal do Planeta, no Pantanal estão preservadas mais de 6.000 araras-azuis, inexistentes nas outras regiões do País.

O PANTANEIRO.

Parceiro da amplidão, o homem do Pantanal convive com os ciclos do rio Paraguai, que durante a época da cheia, entre os meses de outubro e abril, cobre grande parte de seus 230.000km2. De alma religiosa, profundos conhecedores das ervas e de rezas, comungam da convivência com a fauna e a flora e de uma profissão comum. A maioria é vaqueiro das grandes fazendas que, juntas, somam uma manada bovina calculada hoje em mais de 6 milhões de cabeças. Com sua prosódia típica, o homem do Pantanal é um emérito contador de histórias. Longamente desfiadas nas rodas de tereré, chimarrão gelado, sorvido em qualquer oportunidade. Peões de grande habilidade, são atores de um espetáculo improvisado, que merece ser apreciado do alto: a perseguição e captura do boi selvagem. Que mistura habilidade no laço e extrema perícia na condução do cavalo.

AS TERRAS BAIXAS DO NORTE.

Anteporta da Amazônia, as regiões norte e noroeste do Pantanal apresentam uma vegetação semelhante à amazônica. Em Poconé, o viajante encontra empresas especializadas em excursões, que oferecem passeios de barco pelos rios Corumbá e São Lourenço a partir de Porto Cercado.

PESCA.

As águas pantaneiras são fartas. Arrisque a habilidade nos trechos do rio Cuiabá, saindo de Porto Cercado e de Porto Jofre. Para pescar piranhas, peixe carnívoro que ataca ao sentir cheiro de sangue, o pesqueiro ideal é o rio Pixaim, nas proximidades de Porto Jofre. O rio Taquari é considerado o melhor pesqueiro da região. O local ideal localiza-se na Fazenda Palmeira, a 30km, a partir da BR- 163. Entre os meses de fevereiro e outubro, o rio Paraguai é o destino para os amantes da pesca. De Corumbá, partem barcos-hotéis para grupos de turistas, que realizam excursões com, no mínimo, quatro dias de duração. Se você for amante da pesca esportiva, reserve o mês de setembro para participar do Campeonato Internacional da Pesca.

AS TERRAS BAIXAS DO MEIO.

Na região central, e também a leste e a oeste, a vegetação é parecida com a do Cerrado, com árvores de menor porte, retorcidas. O rio Taquari corre entre a cidade de Coxim e uma localidade conhecida como Curva do Leque. De Coxim, partem excursões fluviais em direção ao Taquari, com corredeiras para a prática da canoagem.

AS TERRAS BAIXAS DO SUL.

A fauna e a flora são exuberantes, as palmeiras se alongam. A tudo observe das chalanas, típicas embarcações pantaneiras. Participe dos safáris fotográficos em Nhecolãndia e Abobral e navegue pelo rio Paraguai, em passeios que chegam a durar 8h.

ACERVO.

Em Corumbá, na Praça da República, funciona o museu do Pantanal, onde estão expostos animais taxidermizados, utensílios e armas indígenas. Visite também a Casa do Artesão, centro de venda de artesanato, e o Forte Junqueira. O giro termina no Porto Fluvial, com construções do século passado.

PRECAUÇÕES.

Região de clima tropical quente e semi-úmido, com temperatura média anual de 240, o Pantanal exige cuidados. Na bagagem, nada de roupas escuras. Roupas leves, em tecidos de algodão, são imprescindíveis. Chapéu e filtro solar são indispensáveis. Não se esqueça de levar um cantil para beber água quando a sede chegar durante os longos passeios. Caso você pretenda acampar, é aconselhável dispor de um fogareiro. Cuidado: fazer fogo na selva requer atenção, para não provocar uma queimada. Para os pés, o recomendável são as botinhas de trekking ou tênis confortáveis.

PIRANHAS.

Peixes que, transformados em sopas, são um prato extremamente saboroso, as piranhas constituem-se em perigo para quem se aventurar nas mansas águas pantaneiras. Apesar de nem todos os rios esconderem esses exemplares carnívoros, é fundamental saber em que locais eles proliferam. Informe-se, antes de mergulhar, com os experientes guias existentes nos meios de hospedagem. Em terra firme, também se escondem riscos: bois selvagens, porcos do matos, cobras e onças. Evite passear sem a companhia de um guia.

UMA AVENTURA INESQUECÍVEL.

Embarque em uma “comitiva”. Este é o nome dado a um grupo de homens que leva o gado de uma fazenda a outra ou para comercializar na entrada do Pantanal. E um longo roteiro, a cavalo. São dias de travessia por imensas fazendas, dormindo em rede montada em lugares altos e protegidos. E uma vida dura. Em compensação, o viajante, além de conviver com a sabedoria intuitiva do pantaneiro, pode travar intimidade com uma natureza de proporções inimagináveis.

AS CAPITAIS DO PANTANAL.

Ao norte, em Mato Grosso, Cuiabá foi, no Século XVIII, importante centro da antiga rota do ouro. Atualmente, é importante pólo agropecuário e centro de estudos e pesquisas ecológicas. Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, é uma cidade pequena, com ruas largas e alamedas arborizadas. Pólo agro-pecuário, possui uma importante casa de cultura, o museu Dom Bosco, onde estão expostas coleções etnográficas, de aves, de peixes e de répteis.Página Inicial

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